sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Feriado farofa

Unidas no miserê, falidas, como sempre, mas animadas, decidimos passar o feriado na Baixada. De dia, praia, de noite, baladinha com a banda dos nossos camaradas. Convidamos duas amigas. Frô ia passar em casa com as meninas, elas dormiriam lá e sairíamos cedinho para aproveitar o dia. Só o dia, porque fomos fazer só um “bate e volta”.

Na quinta-feira o calor estava insuportável. Deram umas 10 da noite e nada da Frozinha aparecer em casa. Liguei pra ela, estava presa no trânsito. Demorou umas 5 horas para vir de Osasco até o ABC. Vieram cantando Xuxa e agüentando o calorão no maior alto astral. Chegaram de madrugada, levantaríamos às 6. Nem dormimos.

Enchemos o tanque de álcool e passamos no supermercado para comprar as farofas. Mal tinha amanhecido e em São Paulo estava o maior solzão! Oba! Descemos a serra na maior empolgação. Não pegamos absolutamente nenhum trânsito na estrada, e o tempo começou a dar sinais de nublado.

- Nem liga, na serra é sempre assim mesmo – explicou Gabriele. O dia será lindo!

Chegando em Santos, o tempo continuava horroroso. Demos uma volta e paramos na praia. Pegamos nossas cadeiras. Mas pra que guarda-sol? Tiramos as roupas e nos acomodamos na praia semi-deserta.

- Que tranqüilidade, que maravilha... – comentou Frô.
- Mas eu estou com frio, está ventando – respondeu Karla.
- Hi, nem liga, jajá esquenta.

O tempo ia passando e nós nos inquietando. Nada do sol aparecer, cada vez esfriava mais. Fui me embrulhando em cangas e coloquei minha blusa de lã por cima do biquíni. Putz, estava frio mesmo... Todas começaram a se encolher e se agasalhar e todos os poucos transeuntes que dividiam a praia conosco naquela fatídica manhã começaram a nos olhar receosos.

Abrimos pacotes de bolacha e de salgadinho, todinhos e batatas Ruffles para passar o tempo. Farofa totaaal! Saaaaais! Não tínhamos o que fazer, era quase meio dia e não tínhamos pra onde ir. Era ou esperar o sol ou voltar pra casa. Tocou o celular da Karla. Era o Roberto, moço que ela tem um rolo há vários anos. Ele estava no Guarujá. Decidimos ir pra lá. Quer dizer, era a única salvação de um feriado minguado.

Chegando lá, estava sol!! Claro, o Guaru é muito mais bonito né, muito mais colorido e ensolarado. Nem dava pra comparar. Encontramos o garoto e um amigo muito feio e velho que ficava reparando em nós o tempo todo. A Karla fez o favor de contar pros dois que eu colocara silicone há poucas semanas e que estava estreando na praia naquele dia. Só fiquei sabendo depois, que vergooonha.

A praia estava repleta de homens maravilhosos. Do nosso lado esquerdo, em especial, havia uma rodinha de bonitões que até hoje não esqueço. Acompanhados, é claro. Mas o ápice da tarde ainda estava por vir.

Eis que chegou um grupo de coreanos: muitas pessoas, homens, mulheres e crianças, e a cada minuto chegavam mais e mais que iam se aglomerando à nossa frente. Detalhe, os orientais não têm o hábito de usar sunga, o que tornou aquele momento um tanto quanto peculiar.

Aqueles charmosos seres humanos magrelos e branquelos começaram a despir-se e a exibir suas lindas cuequinhas coladinhas. Até aí tudo bem, pois eu não havia pensado na possibilidade daquelas ceroulas beges molhadas. Quando vi, estavam todos indo em direção ao mar...... ficamos ansiosas esperando que saíssem. Não demorou muito... e foi um show de horror, algo indescritível. Imaginem.... saaaaais!
Decidimos ir embora e descobrimos que o Roberto e o amigo não tinham pagado a conta do quiosque. Sobrara pra nós, que nem tínhamos pedido nada, empanturradas de traquinas que estávamos. Saímos à francesa. Elegantérrimas, divas! Mas eventos piores ainda estavam por vir... saaaais mineraaaais!

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