quinta-feira, 2 de outubro de 2008

As cantoras de hino




Sempre que se fala em infância, milhares de coisas vêm à nossa mente...cheiros, brinquedos, gostos, sensações das mais diversas. Os micos também fazem parte dessa época. Estava outro dia lembrando de alguns deles...

Eu e minha irmã temos uma diferença muito pequena de idade. Sou a mais velha, mas ela nasceu pouco antes de eu completar um ano, ou seja: ficamos 11 dias com a mesma idade...Somos completamente diferentes. E desde pequena ela sempre se ferrava (que dó!). Eu sempre queria brincar com a minha prima, que tinha um jeito mais parecido com o meu. Ela sempre ficava com os piores brinquedos, a pior piscina ( a que ficava sempre gelada) e ainda tinha que brincar com o irmão da nossa prima (de casinha é que num era!)... Nem preciso dizer que era a maior briga. Ela me defendia dos meninos na escola 'tacando' a lancheira na cabeça deles, mas como eu sempre ía pra diretoria junto com ela, queria era matar a coitada depois que chegava em casa...

Nosso pai tinha uma educação peculiar: nunca encostou um dedo na gente, mas tooooda vez que brigávamos, mandava as duas pro banheiro e fazia cantar o Hino Nacional!!! Saaaais mineraaais!!! Era o maior micoooo...ficava a rua inteira na sala esperando gente cantar o hino e sair do castigo! Eu preferia mil vezes que ele me desse um tapa, porque passava mais rápido, mas a vergonha de cantar o hino na frente de todo mundo era muito pior! Nós duas éramos o comentário da rua... ficava todo mundo esperando ele chamar:

_Genteeee! A Frô brigou com a Gi de novo!!!!

De repente, a sala da minha casa era invadida pelos meus primos, vizinhos e até amigos desses que eu nunca tinha visto antes!

Mas o pior é que, com o tempo, nosso pai foi ficando mais criativo: tínhamos que cantar o Hino à Bandeira, da Proclamação da República, da Independência, de São Paulo, de Osasco e por aí vai... Deu um trabalhão pra decorar tudo isso (até porque, se cantássemos uma estrofe ou uma mera palavra errada, ficávamos mais tempo no banheiro). E a nossa fama foi ganhando a vizinhança, o bairro, a escola!!!!!!! Imaginaaaaaa todo mundo apontando pra gente e falando:
_Canta o hino pra gente ouvir! Se num cantar a gente fala pro seu pai que você bateu na sua irmã!
Argrrrrrrrrrrr que raivaaaaaaa!

Já a minha avó, tinha outro método para conter os ânimos da criançada: toda vez que algum dos seus sete netos brigava ela dizia com aquele olhar fulminante:

_ Você não vai ganhar o 'disco da batatinha'!

Era o maior berreiro...todo mundo queria o tal disco (a gente nem sabia o que era essa tal batatinha, mas chorava tantoooo).
Sei lá o que eu imaginava que fosse essa batatinha... uma cantora famosíssima, uma espécie de ET que desceria do céu numa nave que parecia uma batata gigante (sério, a gente viajava!).

O meu trauma de infância foi crescer e descobrir que a batatinha sequer existiu (a não ser na mente fértil da minha avó). Quantas lágrimas eu derrubei em vão! Saaaaais minerais!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Em terra de cego, quem tem um olho tem terçol!! kkkkkk


Você sabe o que é terçol? É uma inflamação que pode atingir a pálpebra e que parece uma espinha. O olho fica inchado, vermelho. Eu nem tinha idade para entender o que era e já tinha sido atacada pela tal doença não-contagiosa. Minha mãe conta que meu primeiro terçol foi quando ainda era um bebê. Não me recordo da experiência, mas lembro de outras tantas. Tive terçol no pré, na primeira série, na segunda e por aí vai. O pior é que todo mundo sempre conhece uma simpatia para “curar” a tal doença.

_ Tadinha da sua filha. Esquenta a aliança e coloca em cima do olho que sara.

_ Esfrega três vezes o olho doente dizendo: terçol vai para o olho da viúva mais próxima! Você vai ver, vai ficar boa logo logo!

_ Pega três grãos de feijão preto, passa no terçol e joga para trás sem olhar...

As simpatias eram tantas que eu já tinha desistido de tentar alguma. Lembro que estava na quarta série do ensino fundamental, quando uma amiga minha me disse:

_ Minha avó sabe uma simpatia infalível!

Até tentei demovê-la da tentativa, mas foi em vão. Quando dei por mim já estava na casa da avó dela e a velhinha estava passando o rabo do gato três vezes no meu terçol...Que nojo! Saaaais!!! Ainda por cima não funcionou...

Mas a pior parte ainda não contei. Eu devia ter uns 14 ou 15 anos e a febre do momento eram os Backstreet Boys. Eu tinha todos os discos, adorava os meninos lindossss!!!!! Ouvi numa rádio aqui de São Paulo que eles fariam um show no Brasil. Escrevi mais de 700 cartas e fui sorteada para conhecê-los... Mas eis que no dia do tão sonhado encontro... um terçollllll aparece em meu rosto!! Até tentei apelar para alguma simpatia, mas foi em vão. Tive que ir para o estúdio da rádio com o olho inchado e um sorriso amarelo. Lembro do AJ me abraçando e de alguém tirando a fatídica foto! Saaais minerais!

De lá pra cá meus terçóis foram se aprimorando. Hoje saem mais na parte interna do olho!

Espero que eles não voltem a aparecer em datas importantes... Já pensou ter um terçol bem no dia do meu casamento???Saaais minerais!!!!
(história inspirada numa baixotinha...ahahha)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

A Janaína errada

Colecionadora de micos que sou, lembrei de mais um ‘causo’ da época em que eu apresentava um programa em uma rádio-shopping de Osasco. Simm...a rádio ficava dentro de um shopping, conhecido por ter explodido há uns anos na véspera do dia dos namorados (mas isso é outra história - a qual, infelizmente, também presenciei).
Voltando ao ‘causo’, a cabine da rádio era toda feita de vidro, para que as pessoas que estivessem passeando pudessem ver quem estava lá dentro trabalhando. O programa que eu apresentava era de entrevistas e sempre tínhamos um artista convidado. Eu dividia a apresentação com um outro jornalista amigo meu – o Paolo.
Neste dia, a atração era o Kaleidoscópio, uma dupla que ficou famosa com o hit “Tem que valer, valer viver...tudo começou/ janeiro,verão sol praia...”. Era composta pela cantora – Janaína Lima – e pelo DJ Ramilson Maia. Eles tinham marcado o pocket show há quase um mês e divulgado no site da banda.
Às 4 da tarde em ponto estávamos lá à espera da nossa atração. Alguns curiosos já tinham se aglomerado ao redor da rádio quando viram a garota de cabelos roxos chegando...era a Janaína...super simpática e espoleta (num parava quieta).
Começamos a entrevista perguntando sobre a idéia de montar a dupla, as influências dos dois (e descubro que a Janaina era acrobata e que tinha participado do Popstars – programa que revelou a banda Rouge).
Entre bate-papo e músicas, os dois davam autógrafos para os fãs que paravam do lado de fora da rádio. Foi quando, no encerramento de um dos blocos, anunciei que a primeira pessoa que fosse na rádio e dissesse o nome da música que estava tocando ganharia um cd do Kaleidoscópio autografado.
Estávamos animados nas conversas de bastidores quando percebi que uma menina se dirigia à porta da rádio. Ela bateu na porta e disse assim:
- Oi, posso mandar um recado para a Janaína?
E eu, toda sorridente respondi:
- Janaína, essa aqui???? – e apontei a cantora do Kaleidoscópio.
E a Janaína, por sua vez, deu um pulo na frente da menina:
- Oiiiiiiiiiiiiiiii!!!!! Tudo bem????
E a menina:
-Tudo, e vc? – e deu uma olhada na cantora de cima a baixo. – Mas num é essa Janaína não, é a Janaína minha prima de 5 anos que tá perdida pelo shopping. Você pode pedir pra ela vir me encontrar aqui???
Saaaaaaaaaaais Minerais!!!!
Com a cara no chão e uma crise de riso incontrolável, eu mal conseguia responder sim ou não para a menina... Anunciar o recado para a outra Janaína então, nem pensar...E a Jana do Kaleidoscópio também não sabia onde enfiar a cara, saiu de fininho. Depois caímos todos na gargalhada, mas fala sério...Saaaais minerais!!!!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Garçonete por um dia - Parte II


No entanto, às 22h00 em ponto, algo inesperado: fecharam-se as portas, apagaram-se as luzes e comecou uma música árabe bem alta. Surgiu então uma moça semi-nua rebolando pra lá e pra cá a danca do ventre. Ela voava entre uma mesa e outra, erguendo os véus transparentes da saia e tirando os tiozões pra dançar, enquanto arrancava olhares fuzilantes das esposas.

Desconcertada com tamanha surpresa logo na terra do Mr. Bin (a essa altura eu já servia alguns drinks além de tirar copos sujos), estava eu equilibrando a bandeija com dois copos enormes com uma bebida verde muito bonita, quando levei uma portada e causei o maior estardalhaço bem na entrada do bar: derrubei tudo. Era bom demais pra ser verdade que tudo estava dando muito certo até então...

O namorado do dono do bar apareceu querendo ajudar e explicando que quando o garçom passa pela porta, ele protege a bandeija com o corpo. Tudo bem. Levantei a cabeça, joguei o cabelo de lado e servi outro drink, na boa.

Mas não se passaram nem três minutos e outro desastre: Karate me deu uma bandeija com três copos, eu pisei no avental e desequilibrei, ela foi segurar um dos copos, esbarrou nos outros dois e levamos um banho. Ela ficou brava, saiu xingando e pisando duro.

Perguntei a uma das brasileiras a que horas ela costumava ir embora. "Depois da uma", ela respondeu. Fiquei apreensiva, pois não é facil se locomover em Londres depois da meia-noite. E já eram mais de 11h00. Pedi para a manager para partir e expliquei a situação. O dono do bar me chamou la embaixo no salão do Jojo. "Vamos te ligar essa semana,ok?". Saí de lá correndo.

Quando contei tudo isso pro meu namorado, ele quase teve um treco. Mas acho que não era mesmo pra mim. Além de desastrada, fui parar bem no negócio do Jojo... Saaaais mineraaaais!!!

Garçonete por um dia - Parte I



Por mais qualificado que você seja em seu país, com um student visa e permissão de trabalho part-time, há poucas escolhas em Londres. Você pode ser garçonete, babá, atendente de supermercado ou, no máximo, professora de português de alguma escola falida. Com o tempo, você até pode conseguir alguma coisa melhor, principalmente se já fala inglês bem, mas, no começo, as coisas são difíceis.

Marinheira de primeiríssima viagem, cheguei a Londres numa segunda-feira, entrei num site de empregos indicado por uma colega e saí disparando currículos. A segunda e a terça foram assim. Na quarta-feira, começaram a surgir respostas e foram tantas, que até fiquei perdida. Quatro entrevistas só na quarta e meu primeiro trial-shift (você trabalha um dia de graça para eles avaliarem como se sai) marcado para quinta. Que felicidade!

O restaurante ficava um pouco distante, mas eu ja tinha andado tanto naqueles dias (e me perdido também), que nem me importei. Chegando lá, fui recebida por três brasileiros (brasileiros brotam aos milhares por aqui, em todo lugar que você vai). Um pessoal frio, gente meio estranha. Havia em torno de seis garçonetes e cinco bar-men. Um moco de Taiwan apelidado "China" também estava fazendo o teste. Henrich, um bar-man loirinho e pálido, com cara de polonês, foi incumbido de nos mostrar todo o "restaurante" tailandês. Na entrada, bem inocente, mesinhas de madeira, paredes de vidro e um bar muito bonito. Decoração oriental. À esquerda, uma sala escura, cheia de almofadas e mesas no chão. Tudo cheio de brilhos, bordados e panos.

Mais ao fundo, descemos uma escada que dava para um espaços com mais mesas e outra escada. Nas catacumbas do tal "bar and kitchen", deparei-me com um espaço um tanto curioso, que até então só tinha visto em filmes ou na novela das oito: um salão todo vermelho, pedrinhas penduradas, luzes coloridas e, ao fundo, um palco com um "queijo" (e isso mesmo que você está pensando: como o da Alzira do Juvenal Antena). Foi quando Henrich ordenou: "Volte, as moças sérias não precisam conhecer daqui para adiante". Saaaaais mineraaaaais!!

Obedeci. Subi e encontrei Karate, a garçonete coreana, a minha espera. Colocou-me um avental preto imundo que mal cabia de tão comprido. Eu tropeçava toda hora. Comecei a ajudar a garçonete brasileira a acender umas mil velinhas. Eram cinco da tarde e os clientes começariam a chegar. Velas por toda parte, meus dedos queimados por toda parte, e a manager me chamou:

_Sua função hoje será retirar os copos vazios das mesas.

E foi assim a noite toda. Até agora, uma semana depois, me pego falando sozinha: "Excuse me, can I take your glass?". E fui um sucesso total! Aprendi a segurar a bandeija com altivez (a bandeira, eu ja era especialista) e sai toda diva, sorrindo e tirando os copos sujos. Tanto talento que até ganhei uma gorjeta de 5 pounds. Neste dia, os clientes so ficavam nas mesas de cima.

Entendi que aquele que parecia similar ao antigo negócio do Jojo (Duas Caras aqui novamente) não funcionava às quintas, mas apenas nos finais de semana. No entanto, às 22h00 em ponto, algo inesperado...

terça-feira, 3 de junho de 2008

O Silvio Santos do Paraguai...




Sexta-feira, friooo de lascar em Sampa e uma amiga me convida para irmos a uma baladinha....era aniversário de um amigo gato dela e, como eu não tinha o que fazer, resolvi acompanhá-la...
-Flor, já aviso que temos que entrar cedooo!
Mas quem disse que consegui chegar na casa dela antes das 23h00?
Fomos pra porta da balada e a hostess não queria liberar a gente de jeito nenhum...Um baita frio, a gente pagando aquele mico na porta e nada...aí, como se não bastasse o frio, começa uma garoa fria e chata...adeus escova e chapinha...tanta produção para tomar chuva!
Eis que me aparece o Lucas, um ficantinho da De...Ele chega todo galante, fica elogiando minha amiga (que é linda mesmo...rs). Mas na primeira oportunidade entra na baladinha e deixa a gente lá fora naquela chuva!! Nada educado, né!!! Já tinha desistido de entrar, quando uma boa alma resolveu nos dar um help...era a Grazi, amiga da Deise...deu uma xavecada na hostess que era amiga dela e liberaram a nossa entrada... oba!
Pausa para acertar a maquiagem no banheiro depois de tanta garoa...e lá fomos nós para o camarote. Ambiente bacana, decoração asiática, gente bonita! E a De me chama para darmos uma volta na pista...eis que avistamos o Lucas na pista beijando outra meliante...
- Não acredito que além de mal-educado é galinha!!! – disse pra De...
Não tive dúvidas...peguei minha amiga pela mão e parei em frente ao meliante:
-Com licença! – disse sorridente...
Lucas olhou pra mim com os olhos arregalados e sem fala... passamos luxas entre ele e a menina...
Ainda bem que a De descolou outro gatinho pra aproveitar a noite...enquanto eu fiquei no meu cantinho (mas isso é outra história).
A cena cômica da noite foi na fila do caixa... na nossa frente estavam um casal...o cara estava imitando o Silvio Santos...
- Vem pra cá...hihi
E a menina vira pra mim e diz:
- O que fazer quando seu namorado está bêbado?
- Relaxa amiga...ainda bem que é fim de noite... – disse dando risada...
Paguei a minha comanda e sai antes da De, porque a segurança num deixava esperar lá dentro... Eis que, do lado de fora, perto da fila do estacionamento, o Silvio Santos do Paraguai continua...
- Você tem boa memória? – perguntou pra mim...
- Tenho, mas é seletiva! – respondi
- Beleza, então meu telefone é 85.....
Não acreditei na cara de pau da pessoa!
-Você ta brincando né???
-Não tô não...85xx-xxxx – insistiu ele – e só pra te dizer, não tenho namorada!
Nisso, os amigos começaram a tirar ele de perto de mim...
- Me deixa falar com ela...85xx-xxxx – berrava ele. E a esta altura, a fila toda do estacionamento já estava olhando pra mim...e a minha amiga que não saía...saaais!!!!
- 85xx-xxxxx... você anotou? – berrava o fulano...
Eu com cara de paisagem olhando pro céu e roxa de vergonha. Nisso, chega a namorada do Silvio Santos...rs... pega ele, coloca dentro do carro e quando está indo para o lado do motorista ele abaixa o vidro e continua: 85xx-xxxx!
Saaaaaaais!!!
Graças a Deus a minha amiga saiu da bendita balada...o carinha que ela estava ficando, então resolveu nos levar até o carro, que estava estacionado lá fora. Mas, quando eu desço do carro dele para ir em direção ao meu, passa um carro preto e alguém gritando: 85xx-xxxx! Será possível?? Saaais minerais!!!!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Titanic da terceira idade



Eu e a Frô, inseparáveis que somos, decidimos viajar juntas novamente. Resolvemos desta vez fazer um cruzeiro para Florianópolis. Que chique! Encontraríamos muita gente bonita e muito sossego no meio do oceano...


No dia do embarque, uma catástrofe no porto. Com o caos aéreo brasileiro, a galera optou por passar as férias em navios e, no dia da nossa saída, uma multidão invadiu Santos. Eram 5 navios saindo, uma loucura.Embarcamos meio nervosas e resolvemos ir direto pra piscina, afinal de contas, eu estava mesmo precisando dar um jeito no meu bronzeado palmito. Ah, que vida boa!


Sol, paz.... e a Frô, linda e solteira na época, de olho nos gatinhos da piscina.Ela esperou uma hora. Nada de gatinhos. Duas horas: as vovós começaram a se instalar nas cadeiras vazias. Três horas: chegou uma turma de formandos da oitava série. Cinco horas depois: começava a festa da partida do navio e nenhum gatinho tinha dado as caras. Só tinham famílias, com pai, mãe, muitas crianças e, em especial, velhinhos.


Recebi a programação do navio e realmente notei eventos estranhos. Chá dos netinhos, bordado em toalhas, dobradura de guardanapos. Tadinha da Frô, mais uma viagem que fazíamos e nada de homens interessantes. Bem, a gente nunca precisou disso mesmo...Tocou meu celular, era meu belo namorado, preocupado comigo sozinha no barco. Eu descrevi os meus colegas de bordo e ele provavelmente não acredita até agora. Mas era a mais pura verdade. Saaaais!!!

Titanic da terceira idade – parte 2




Se bem que quando estávamos entrando no navio, encontramos a Camila, amiga da Frô que, por acaso, estava trabalhando lá. Estava ela e um moço loiro bonito, o inglesinho Tom. Eles faziam parte do grupo de bailarinos e cantores que nos entreteriam por várias noites no teatro. E a anteninha da Frô logo se ligou no belo garoto.É claro que naquela noite fomos avaliar o espetáculo. E lá estava Tom, com outros 5 moços, cantando afinadíssimo e requebrando loucamente no palco.
- Frô, eu acho que ele rebola muito. Rebola demais pro meu gosto.
Meu irmão e guarda-costas Rodrigo logo diagnosticou:
- Não gosto de ser preconceituoso, mas nunca vi tanto gay junto.
Frô protestou:- Sais minerais, eles são mais divas do que eu!!!
Fomos logo dormir.

No dia seguinte, levantamos e fomos à piscina. Lá estava rolando uma brincadeira de “beija-sapo” com os recreadores do navio. Os participantes da brincadeira eram os adolescentes, os formandos daquela oitava série. O “desejado” era um branquelo franzino de uns 13 anos. Quando o “apresentador” da brincadeira perguntou quem queria ganhar um beijo dele, eu logo apontei pra Frô. Que micoooo! E ela fez o maior sucesso! Quase beijou o sapo.


Bem, aproveitamos muito as belas praias e as excelentes acomodações no meio do oceano. Foi um passeio fantástico. Antes de irmos embora, fechamos a conta mais cedo para não pegarmos fila. Aí, no jantar, não tínhamos mais o cartão do navio para pedir bebidas. O Rodrigo não conseguia engolir sem empurrar a comida com alguma coisa. Ele esperou a senhora da mesa ao lado levantar e surrupiou sua água tônica. A falta de classe foi registrada pela máquina fotográfica atenta da Frô. Que vergooonha!!Ainda nesta noite, fizemos uma grande descoberta: o mascote do navio, que julgávamos ser um abacaxi, era, na verdade um coqueiro. É mesmo, né, deve ser por isso que ele se chamava Palm, de palmeira... Lerdinhas unidas!! Saaaais mineraaais!

A sete chaves



Lembrei-me de um king kongue que poucas pessoas já pagaram na vida. Trabalho em uma empresa com poucos funcionários e o meu chefe (o big boss) sempre fica até mais tarde, então é comum que as secretárias avisem a gente quando ele permanece na empresa além do horário.
Um certo dia, tive uns problemas de fechamento de matérias e edições da revista da empresa e estava super entretida. Nem percebi que todo mundo já tinha ido embora... Eram quase nove horas da noite quando, depois de acabar a minha tarefa, decidi ir embora. Lembrei-me das palavras do meu diretor de Eventos:
-Frô, por favor, feche a porta e verifique se todas as luzes estão apagadas!
E lá fui eu... olhei por debaixo da porta e não vi nenhuma luz acesa. Calmamente desliguei o meu computador (que por acaso era o servidor da internet), fechei a porta principal, a de vidro e coloquei o cadeado por fora. Desci pelo elevador social e tomei meu rumo para casa.
No dia seguinte, quando cheguei à empresa, todo mundo estava me olhando com cara de poucos amigos. O diretor de Eventos me chama em sua sala...
-Oi Frô, tudo bem?
-Tudo!
-Fez direitinho como eu mandei ontem?
-Fiz sim, senhor Luiz. Não deixei nenhuma luz acesa e tranquei todas as portas....
Ele engasga, como se estivesse segurando o riso. Percebendo, continuo:
-Por quê? Aconteceu alguma coisa?
Senti que ele queria me dar uma bronca ou falar alguma coisa e não sabia como...
-Sim, sim...você realmente fechou muito bem a empresa. Mas assim, foi tão TÃO BEM, que inclusive TRANCOU O PRESIDENTE aqui dentro!
Ouço alguém derrubar alguma coisa do lado de fora da sala...Eu tinha certeza de que estavam ouvindo atrás da porta! Tento com todas as forças segurar o riso que começa a tomar conta de mim de uma forma incontrolável...
-Sérioooo? Eu tranquei o presidenteeeee? Mas ninguém me avisou que ele estava aquiii!!! Ai meu Deussss!
Meu diretor não consegue se conter e começa a rir, mas abaixa a cabeça para que eu não perceba...
-Veja bem, menina, isso não pode acontecer!
Mas eu já não ouvia mais nada!
-Que vergonha!!!!
Imaginem só o presidente da empresa vê que sua internet não está mais funcionando. Então ele sai de sua sala e percebe que o escritório inteiro está às escuras. Caminha um pouco e percebe que foi trancado! “Ainda bem que tenho a chave” – pensa ele... Sim...ele tem a chave da porta principal, da de vidro e a do cadeado...maaaaaas um detalhe escapa: o cadeado está do lado de fora da porta e não há nenhuma abertura para ele conseguir destrancar estando dentro da empresa!
Então ele precisa ligar para alguém vir socorrê-lo...tenta uma, duas, três vezes. Chama pelo gerente administrativo, liga para a esposa...céuss!!!!
Sou interrompida nessa minha viagem pelo barulho da porta abrido:
-Com licença, senhor Luiz, mas o senhor Rodolfo já está indo embora...
Eu levanto apressada...
-Senhor Rodolfo! Perdão...fui eu quem trancou o senhor ontem!!
-Ah, então foi você! Você que é a carcereira!
Ufa... pelo bom humor dele, meu emprego não estava em risco. Saaais Mineraaaais!

Mistério na garagem



Ontem, fiquei sabendo de uma história incrível, que tinha, obrigatoriamente, de fazer parte deste blog. Acontece que meu primo Pedro, que, inclusive, já teve um rápido namorico com a Frô, revelou-me um segredo sensacional.

Há alguns anos, quando lançaram o carro Brava, da Fiat, meu tio, engenheiro de sucesso, recebeu um exemplar zero quilômetro da empresa em que trabalhava, na época, para seu uso diário. Após duas semanas com o carro, num sábado, meu tio e sua esposa foram a uma ótica e, na saída, observaram que o veículo estava batido na frente e na lateral esquerda. Não haviam notado o fato antes de saírem de casa, mas até consideraram a possibilidade do Pedro, na época com uns 18 anos, ter aprontado alguma:

- Não, mamãe, juro por Deus, não tenho nada a ver com isso – afirmou o moleque.

O mistério ficou no ar. Acionaram o seguro e mandaram o Brava para a perícia. Um exame minucioso revelou que o estrago fora provocado por dois choques diferentes.

- Acho que deve ter sido alguém com algum carrinho de papelão ou coisa parecida – tentou explicar minha tia.
- Poxa, mas então o carrinho devia estar muuuito cheio – completou meu tio.

Como foram duas batidas, o seguro cobrou duas franquias. E ninguém entendeu o que tinha acontecido.

Passados alguns anos, o Pedro, que ama carros e é vidrado em tunnig, bateu seu Mitsubish Rounsbrouns Supersônico (não entendo nada de carro), sem seguro numa mulher doida e criou o maior caso. Como o assunto “carro” voltou à agenda familiar, ele revelou o segredo, já antigo:

- Mamãe, lembra aquela vez do Brava amassado? Então, eu levantei de madrugada, chamei todos os meus amigos do prédio e a gente foi dar uma volta. Bati em dois carros diferentes. Voltei pra casa, coloquei o carro na vaga e fiquei de boca fechada até hoje.

Minha tia chorou, reclamou da surpresa e do comportamento do menino, agora já perto dos 30 anos. Mas eu achei meu primo um verdadeiro mestre do mistério. Agora só adianta gargalhar!! Saaaais mineraissss!!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Invisible porcaria nenhuma...

Em um desses feriados de novembro fui convidada para ir ao casamento de um amigo. O convite era super chique – daqueles que a gente só vê em revista de noivas. Ele, um engenheiro, empresário, dono de uma balada na minha região, e ela advogada... Seria um super casamento...
Para não fazer feio, tratei logo de procurar um vestido (não podia repetir nenhum dos meus ‘já batidos’). Escolhi um tomara que caia com paetês e, para dar uma ‘levantada no astral’, comprei aquele sutiã (invisible bra ). Duas amigas minhas já tinham usado, disseram que era muito bom, então arrisquei.
Fiz um teste em casa e beleza... era firme, aumentava um pouco os seios...até valorizou o vestido.
No dia do casamento... fiz toda aquela minha cenaaaa...rs... make up, cabelo, etc e tal... estava uma diva no horário combinado. Peguei meu boyfriend e lá fomos nós pra igreja, que era num condomínio super chique aqui perto.
No caminho para a igreja, eis que um tiozinho bate no meu carro... Ele tentou sair da pista da esquerda para a direita sem dar seta e bateu na traseira do meu carro, que estava parado no farol. Eu estava tomando todo o cuidado para não desmanchar meu cabelo com o vento, mas tive que descer no meio da Avenida dos Autonomistas para conversar. E o tiozinho:
-Se quiser fazer BO tudo bem, mas eu num vou pagar nada
Folgadoooo...que ódio mortal que eu fiquei... Já estávamos atrasados pra cerimônia, e não podíamos ir pra delegacia tomar chá de cadeira naquele exato momento...
Pegamos os dados do tiozinho e fomos pra igreja...
Antes da cerimônia começar, me deu um ‘piriri’!!! Meu namorado já estava desesperado... eu tinha entrado no banheiro e num saía mais... E ele andando de um lado pro outro. Depois de uma meia hora eu saio tentando disfarçar... Expliquei o ocorrido e ele tentou me acalmar...
Aí começou a cerimônia... o noivo entrou, os padrinhos, madrinhas, a noiva (que vestido lindo!) e... de repente o fotógrafo começa a registrar os convidados. De repente olho para o meu vestido e vejo um volume abaixo do seio... “o que é isso??”...
Era nada mais nada menos do que o sutiã, que tinha descolado... Saaaais minerais... Eu ficava colocando a mão para tentar esconder, mas precisava arrumar aquilo... De repente senti que o outro lado também estava descolando, e como esse tipo de sutiã num tem mais nada que o fixe, só a colinha adesiva que vem nele, fiquei desesperada.
“Querido, preciso ir ao banheiro”...
Detalhe: o banheiro ficava ao lado do altar... E se eu me levantasse e fosse na maior cara de pau, a igreja inteira ficaria olhando...
Esperei pacientemente chegar a hora do casal de pajem entrar com as alianças... E então, a passos rápidos tentei ir ao banheiro... mas meu salto fez tanto barulho, que a noiva olhou pra mim e me deu um aceno... Acenei e...tcharãn... o outro lado desgrudou... quaseeee que o sutiã cai aos meus pés dentro da igreja e na frente de todo mundo... saaaaaisss!!!
Corri pro banheiro, segurando o sutiã meio desajeitada e tentei lavar, tirar o suor e colar de novo... o sutiã num parava por nada...Depois de uns 20 minutos consegui...ufa...
Voltei para o lado do meu boyfriend (que a essa altura já estava quase tendo um treco), como se nada tivesse acontecido.
A cerimônia acabou, saímos da igreja e, no caminho para o carro, encontro um amigo de tempos. Ele vem pra me dar um abraço e...o sutiã cai... que micoooooooo!
Entrei no carro roxa de vergonha... e meu namorado fazendo piada “Ah pelo menos dá pra usar em alguma festa à fantasia, olha só, parece um olho de ET”... Saaaaaais Minerais!

As trapalhadas das quase professoras

Lembrei-me de uma situação inusitada protagonizada pela Mel...Estávamos no segundo ano da faculdade, quando um dos nossos professores nos deu um trabalho para desenvolvermos em grupo. Era uma espécie de mini-TCC (trabalho de conclusão de curso - pra quem não sabe). Teríamos que escolher uma escola pública e desenvolver um jornal com as crianças. Até aí, nada demais.
Mas o trabalho era mais difícil do que parecia... segundo uma pesquisa apresentada pelo professor, a maioria das crianças das escolas públicas eram analfabetas funcionais, ou seja, sabiam ler, mas não interpretavam o que liam.
Bom, escolhemos um colégio chamado Rodrigues Alves – escola municipal tradicional de São Paulo. Não me lembro quem foi que indicou. Só sei que falamos com a diretora por telefone e ela gostou da idéia. Pediu para irmos até lá para acertarmos como seria desenvolvido o programa. Enfim...
A Mel, toda animada, chegou para o grupo e disse:
- Eu sei onde fica esse colégio!
Detalhe: eu era de Osasco e, no segundo ano da facul, mal conhecia São Paulo. A Mel era de Santo André e um dos integrantes – o Fabinho – era de Campinas... Até tínhamos outros dois participantes paulistanos, mas eles nem se preocuparam em averiguar se a informação da Mel estava correta...
E lá fomos nós...saímos da aula, pegamos o metrô e fomos até o colégio que a Mel tinha dito... Descemos na estação Paraíso e andamos pela Domingos de Moraes até o tal colégio...Era uma casa antiga, azul, com uma faixa enorme na porta sobre inscrições para o supletivo.
A Mel toma a nossa frente e vai direto para a diretoria:
- Por favor a Sra Sônia
- Não tem ninguém com esse nome.
- A Sônia, diretora... Falei com ela por telefone. Somos da Cásper Líbero é sobre o projeto de desenvolver o jornal com os alunos
- Minha querida não tem nenhuma Sônia
- Como não, aqui não é o Rodrigues Alves?
- É sim
- Não é uma escola pública?
Silêncio...
- Acho que vocês erraram de colégio. O Rodrigues Alves a que vocês se referem fica na Avenida Paulista!
Pausa para uma crise de riso minha e do restante do grupo... Estávamos no colégio errado... Tadinha da Mel, ela passava em frente dessa escola todo dia de busão e quis ajudar a gente né... tudo bem que ela também passava em frente ao outro colégio (na Paulista) mas era um mero detalhe...
Bom, pegamos um táxi até o colégio certo (não quisemos arriscar de novo o metrô) e conseguimos enfim falar com a diretora.
Começamos o trabalho algumas semanas depois... Lembro exatamente como se fosse hoje do nosso primeiro dia de “aula”... Estávamos espremidos em uma sala de aula com mais de 80 alunos da 7ª série... imagina só aquele monte de adolescentes no auge da produção de hormônios e a gente tentando controlar essas crianças...
Aos poucos o número de alunos foi caindo. Mas o trabalho foi até gratificante... A matéria de capa do jornal foi de uma aluna que bolou toda uma estratégia para provar que a banca de jornal da frente da escola vendia cigarro para as crianças. Denúncia que rendeu até debates sobre o assunto na escola.
Mas não me esqueço da professora de Português deles – uma japonesa que brigava com a gente a cada aula... Ela ficava corrigindo a gente com regras gramaticais absurdassss!!! Cismava, por exemplo, que as crianças tinham que colocar vírgula toda vez que escreviam, por exemplo: maçã e banana... Saaais Mineraaaais!!!!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Confundida no Palácio do Planalto

Em dezembro do ano passado, o setor para o qual trabalho conseguiu uma audiência com o presidente Lula para apresentar um estudo desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas e pedir investimentos na nossa cadeia produtiva. Meu chefe foi encarregado de fazer a apresentação ao presidente e lá fui eu acompanhar a delegação da associação.
Eram cerca de 350 pessoas que participariam da solenidade e eu era uma das poucas mulheres a acompanhar a delegação.
Chegando no Palácio do Planalto, passamos por todos aqueles detectores de metais e recebemos um adesivo para colar na lapela. Ao chegar no saguão onde aconteceria o evento, corri para encontrar meu chefe, que já estava suando frio.
- Menina, preciso de água!!!
Água? Eu num conhecia nada daquele lugar...onde eu ia achar água? Fiz uma busca pelos andares, mas não havia bebedouros visíveis. Perguntei pra uma senhora de uniforme ela me disse que tinha uma cozinha no terceiro andar...e lá fui eu.
- Boa noite, o presidente precisa de água (é claro que não falei qual presidente, né!)
- Pois não! Só um segundo...
Percebo um burburinho e me vem um cara com uma jarra de vidro imensa e um copo. Subo até onde está meu chefe... ele olha pra mim com os olhos arregalados:
- Onde você arrumou isso?
- Melhor o senhor beber... deixa pra lá
Volto pro meu lugar pra tentar tirar fotos da cerimônia e para ver se está tudo ok com a apresentação. Meu chefe me chama de novo...
- Arranja uma bala pra mim?
Balaaa? Pior ainda...onde eu ia achar uma balaaa??? Saaaais... saí perguntando pras pessoas quem tinha uma mísera bala...ninguém no saguão tinha. Fui até a sala de imprensa...
- Alguém tem uma bala?
Uma jornalista da Globo tira um halls do bolso... ufa, consegui! Vou até meu chefe e coloco a bala no bolso dele. Ele sorri pra mim aliviado...
Tento voltar a atenção para o que tinha que fazer, mas percebo que meu chefe está descabelado e todo suado. Ajeito um pouco a aparência dele e eis que anunciam o presidente Lula e sua comitiva. O presidente estava com dor de garganta e falaria pouco...
Engoli a seco o nervosismo (eu tava ficando mais nervosa que o meu chefe) e voltei ao meu posto – ao lado do cara que cuidava de passar os slides. Meu chefe começa a apresentação, até aí maravilha... de repente começa a subir o buffet e o cara que tinha dado a jarra de água pra mim vem em minha direção...Saais minerais!!!
- Moça, onde eu coloco os copos??
Ele tava perguntando pra mim!!! Eu lá sei!!! No mínimo tava me confundindo com alguém do cerimonial. Tentei disfarçar...
- Coloca ali daquele lado!
E meu chefe falando e olhando pra mim com os olhos arregalados sem entender nada.
Continuo na minha, e de repente vejo o Lula fazendo sinal e me chamando...
- Ai meu Deus!! O que será que ele quer?
Olhei pro lado, para trás...e num tinha ninguém...ele tava me chamando mesmo.
Com toda classe, lá vou eu... passo por trás de todos os ministros e abaixo pra ouvir o presidente falar no meu ouvido:
- Me arruma um copo de água sem gelo, por favor.
Meu chefe quase tem um treco no púlpito. Devia estar pensando o que a ‘louca’ da assessora de imprensa dele estava fazendo...
Eu, na maior cara de pau, fui lá, peguei o copo d’ água e entreguei pro presidente. Depois voltei ao meu posto com a maior naturalidade.
Dias depois, recebo o clipping do programa da NBC com o evento na íntegra. E, percebo que o tempo todo eu estava na frente da câmera (só pra ajudar)... No dvd tem eu desfilando com meu terninho creme na frente da câmera, falando pro cara do buffet onde colocar as coisas e tem a cara de assustado do meu chefe quando o presidente me chamou...kkkk...Ai ai ai, nada como ser confundida em pleno Palácio do Planalto! Saaais Mineraaais!!!!