sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Feriado farofa – Parte II

Ligamos pra nossa amiga de Santos, em cuja residência nos banharíamos. Ela havia saído. Estávamos lascadas. Meninas à milanesa procuravam uma boa alma que abrisse as portas de sua casa para um banho rápido. Várias tentativas, nenhum candidato. A idéia brilhante de apenas nos trocarmos no banheiro de algum shopping e nos enchermos de perfume foi acatada pelas demais tripulantes do carro sem parcimônia.

Saímos a procurar um shopping center. Encontramos o pior possível, o shopping era horroroso, mas tudo bem, o que importava era que tinha torneira. Saímos do carro de roupa de praia e cheias de sacolas. Todo mundo olhando.

Instalamo-nos no banheiro e fomos logo tirando a roupa, trocando, lavando o rosto, abrindo as mil bolsinhas de maquiagem. Ai, que alívio fazer xixi! Não há quase nada mais gostoso no mundo que o prazer do alívio de esvaziar uma bexiga ultra-mega-blaster apertada. Ufa!

Gabriele se embonecava diante do espelho quando uma senhora estranha, meio mal vestida, com cara de perdida, tocou em suas costas. Apontou para a toalha em cima da pia e perguntou:

- Você baba muito?

Pensei que não estivesse escutando direito, pois minha amiga respondeu com muita naturalidade que não costumava babar. A senhora se enfureceu:

- Pois eu vou quebrar a sua cara!

Olhamos uma para a outra e nos mobilizamos, apressadas, para abandonar o banheiro. Fingimos que nada havia acontecido e a mulher louca saiu nos perseguindo pelos corredores daquele prédio meio antigo. Era a gente subindo a escada rolante e ela olhando lá de cima. Fomos embora logo.

Resolvemos parar num boteco no calçadão. Precisávamos de um aperitivo. Sais, o estresse era tanto... mas até que estávamos bonitinhas, não dava pra acreditar que não tínhamos tomado banho. Pedimos uma caipirinha e uma batida de morango. Rapidinho, vieram 2 jarras enormes de bebida. E agora? Beberíamos tudo aquilo? Viramos e fomos para a baladinha.

Ainda bem que o álcool só começou a me entorpecer quando já tinha estacionado o carro. Mas subiu muito, e como! Só eu e a Frô, porque as outras duas não costumam virar a lata. Estávamos manguaçadas e trocamos segredos que até o diabo duvida. Quando a Frô começou a me chamar de “mano” eu já sabia que ela estava muito mal. Frô me contou suas aventuras mais polêmicas, e eu acabei lhe revelando a história do pirocóptero (nem em seus sonhos mais longínquos queira saber do que se trata).

Encontramos nossos amigos da banda, ainda meio loucas. Discutimos alguns assuntos de trabalho, fingindo-nos sãs. Eles começaram a tocar e a gente caiu na folia!

Meu celular tocou e era meu amigo que tinha ficado pra fora da balada querendo que eu desse um jeito dele entrar. Quando fui até a porta, encontrei um casal de ex Big Brothers ultra famosos. Saaaais mineraaaais! Era mesmo a Mariana Felício e o Daniel Saullo. Lindos! E simpaticíssimos! Esqueci meu amigo. Peguei na mão da Mariana e os puxei pra dentro:

- Vem cá! Vocês precisam conhecer a banda! É fantástica!!

Mariana, toda tímida me achou maluca e a Frô quase teve um treco quando me viu de mão dada com os famosos. “A Mel pirou”, pensou ela e eu li os pensamentos quando olhei praquela cara de bêbada. Huhu! Ficamos amiga da Mariana, que prometeu levar os meninos da banda no Luciano Huck e no Faustão.

Pra terminar a noite, bateram na traseira do meu carro no estacionamento, evento que jamais será esclarecido já que é claro que o esperto do desgraçado não deixou pistas. Preciso contratar um detetive. Alguma sugestão? Saaais mineraaais!

Um comentário:

Rots disse...

"Patricinhas Metropolitanas", esse será o nome da série que será feita a partir desse blog hahahaha.